Momento de decisão

Tomei a difícil decisão de postar os emails trocados pelo bom tempo que durou esta ilusão. Esta é uma perigosa forma de exorcizar meus demônios e passar a limpo toda esta estória, para fechar o livro e encerrar de vez esta agonia. Talvez alguns entendam, ou não, a forma com que me envolvi numa situação frágil e delicada, com alguém que me dava poucas provas de sua real existência. No mundo virtual ficamos mais suscetíveis a expressar o que realmente sentimos, quando as pessoas ao nosso lado, falham em nos dar a atenção. Ou será que estamos tão preocupados com o próprio umbigo, com a praticidade da vida ordinária que fechamos os olhos para as oportunidades e as pessoas que realmente se importam conosco?

Aqui , assim como podemos ser tão verdadeiros, podemos dar asas a imaginação e a tentação de viver uma vida desejada, mas inventada. Qual o limite entre a verdade e a ficção de nós mesmos? É preciso reinventar-se a cada dia, para sobreviver a monotonia, ao ócio, a solidão, a ignorância, ao reverso da vida. Posso ser quem eu quiser, posso escrever minha história , mas nas linhas do dia-a-dia,  não preciso de uma teclado para mostrar quem eu sou.

A palavra é a minha vida e minha sentença de morte.